O que é a Migração para a Nuvem? Importância, Benefícios e Estratégia

Jeff Erickson | Estrategista de Conteúdo de Tecnologia | 16 de março de 2023

A migração para a nuvem é a movimentação de dados, aplicações, capacidade computacional e outros ativos digitais do data center on-premises de uma organização para um data center executado por um provedor de nuvem. Como todas as migrações, a jornada é impulsionada por uma busca por pastos mais verdes. Uma organização visando à migração para a nuvem busca um lugar onde os custos de computação são menores, os recursos são inúmeros, as inovações tecnológicas chegam em lançamentos regulares e a escalabilidade é quase ilimitada. Uma mudança para a nuvem busca acabar com a dificuldade de contratar tecnólogos talentosos para realizar trabalhos repetitivos a fim de manter hardware, bancos de dados e aplicações em funcionamento. Mas, embora os benefícios sejam muitos, o processo de migração, se mal planejado, pode ser árduo, até mesmo arriscado. As informações aqui ajudarão você a entender o que está em jogo com o planejamento da migração para a nuvem e facilitarão você a fazer as preparações certas para acelerar seu caminho para este lugar novo e melhor.

O que é a Migração para a Nuvem?

O processo de migração para a nuvem envolve passar dados de um data center on-premises para um data center do provedor de nuvem.

A migração para a nuvem é o processo de passar aplicações e suas tecnologias de suporte do data center on-premises de uma organização para o data center de um provedor na nuvem. Isso pode significar migrar uma aplicação on-premises juntamente com o bancos de dados de suporte e plataformas de desenvolvimento para os servidores, armazenamento e infraestrutura de rede do provedor na nuvem. Também pode significar passar para uma aplicação na nuvem, como uma aplicação de ERP, CRM ou HCM (gerenciamento de capital humano) oferecido como software de serviço, e encerrar a versão legada.

Em todos esses modelos, as migrações para a nuvem transferem as cargas de trabalho dos data centers de uma organização para o data center de um provedor na nuvem em que tarefas como backups, aplicação de patches de segurança e novos lançamentos de recursos geralmente são parte regular do serviço. Em geral, o uso de infraestrutura de nuvem é menos custoso em comparação com a executar um data center porque você só paga pelo que utiliza. À medida que as migrações se tornaram mais comuns, as empresas descobriram outro benefício: a transferência libera os funcionários qualificados do trabalho mundano de “manter tudo funcionando” no data center e permite que eles se concentrem em dar suporte a novas oportunidades de negócios.

O termo “migração” é usado porque a movimentação dessas cargas de trabalho pode ser um compromisso significativo que requer planejamento detalhado e execução hábil. Esse planejamento é essencial para manter as operações em execução enquanto uma organização passa para sistemas baseados na nuvem.

Principais conclusões

  • O uso de recursos na nuvem é uma estratégia de negócios cada vez mais comum.
  • As estratégias de migração para a nuvem contam com uma grande variedade de táticas e processos comprovados.
  • Migrações bem-sucedidas demandam cautela e planejamento, mas os riscos são bem conhecidos.
  • Há um número crescente de ferramentas de provedores de nuvem e fornecedores terceirizados que tornam o processo gerenciável.
  • Os provedores de nuvem continuam inovando e melhorando seus serviços, tornando a nuvem uma opção tentadora para cargas de trabalho críticas e confidenciais.

Explicação da Migração para a Nuvem

A migração para a nuvem envolve pegar os bancos de dados, aplicações e outras cargas de trabalho de computação existentes que estão sendo executados em uma infraestrutura on-premises e passá-los para um provedor de computação em nuvem. Isso pode envolver a transferência de centenas ou até milhares de bancos de dados, aplicações para funções críticas como finanças, faturamento, recursos humanos, cadeia de suprimentos ou manufatura ou ambientes de desenvolvimento utilizados pelas equipes que criam e testam novas aplicações.

Nos primeiros dias de existência da nuvem, as migrações não eram tão comuns quanto são agora. Por mais de uma década, executar operações de TI na nuvem pública foi uma estratégia utilizada principalmente a aplicações novas ou ativos digitais. Usando um ambiente de nuvem, uma startup podia trazer uma ideia para o mercado rapidamente sem ter que instalar e manter servidores e comprar licenças de software. Elas simplesmente podiam pagar pela infraestrutura de nuvem que usaram e começar a trabalhar imediatamente. No entanto, como a nuvem pública significa compartilhar recursos computacionais com outras companhias, no início, empresas e governos mais estabelecidos se preocupavam com problemas de privacidade e segurança de dados e com outros clientes que podem reduzir o desempenho da aplicação ocupando os ciclos de CPU. Como resultado, empresas e governos mais estabelecidos com seus próprios data centers, sobretudo aqueles que executam aplicações críticas, costumavam evitar as ofertas de nuvem pública.

Com o tempo, o cenário da nuvem mudou drasticamente, e as migrações para a nuvem se tornaram comuns. Os provedores de nuvem atualizaram seus sistemas e modelos de entrega e estão oferecendo opções de infraestrutura que atraem até mesmo aqueles com as mais rigorosas necessidades de privacidade, segurança, desempenho e confiabilidade. Agora, as organizações em áreas como finanças globais, assistência médica, infraestrutura de comunicação e governo veem a nuvem como uma maneira de obter as inovações mais recentes usando serviços de nuvem que seus próprios data centers e versões de software não podem oferecer. Os custos da nuvem geralmente são mais baixos do que os gastos que as empresas têm para executar sua própria infraestrutura. A dúvida então é como passar dados e aplicações de seus próprios data centers para os data centers avançados, tolerantes a falhas e atualizados de um provedor de nuvem.

Como a Migração para a Nuvem Funciona?

A migração para a nuvem é o processo de transferir dados, serviços e aplicações para o data center de um provedor de nuvem. Normalmente, envolve um plano detalhado para fazer backup dos dados, entender conexões de rede e garantir a segurança dos dados durante o processo de migração. Também envolve trabalhar com o provedor de nuvem para entender quais alterações na aplicação, se houver, são necessárias para que ela funcione no novo ambiente de nuvem. A migração requer o mapeamento de uma arquitetura que se adapte à infraestrutura do provedor de nuvem, incluindo os métodos do provedor de nuvem para manter a privacidade e a segurança dos dados, como seus métodos de autenticação para proteger contra ataques cibernéticos.

Para garantir uma transferência para a nuvem bem-sucedida, as organizações costumam recorrer a arquitetos e técnicos experientes que estão familiarizados com a plataforma do provedor de nuvem para garantir backup consistente, portabilidade de dados e compatibilidade de aplicações entre a nuvem e o data center on-premises que a organização está deixando. Esses especialistas também podem explicar como hardware e software baseados em nuvem podem acelerar o processamento de dados. Se feito de forma adequada e consultando os especialistas do setor, quando necessário, a migração de dados e aplicações para a nuvem pode ser feita com o mínimo de interrupção.

A OCI entrega alto valor comercial

De acordo com a IDC, a OCI pode fornecer um ROI de 474% em cinco anos e uma redução de 53% no TCO.

Modelos de Implementação de Migração

Um dos principais motivos pelos quais a migração para a nuvem está se tornando mais comum é que as ofertas de computação em nuvem se tornaram mais diversas e sofisticadas. Os maiores provedores de nuvem, às vezes chamados de provedores de hiperescala, agora oferecem uma grande variedade de opções que vão muito além dos serviços de nuvem pública, incluindo os quatro seguintes modelos de implementação:

  • A nuvem pública é o modelo tradicional. As organizações pagam pelo espaço nos servidores no data center do provedor de nuvem de acordo com o uso ou por assinatura. Os servidores são compartilhados pelos clientes desse provedor de nuvem.
  • Nuvem privada é onde o servidor inteiro ou os racks de servidor específicos no data center da nuvem são dedicados a uma organização. Dependendo das necessidades do cliente, alguns provedores de nuvem podem colocar o hardware dedicado no próprio data center da organização, mantendo a responsabilidade pelo seu gerenciamento.
  • Nuvem híbrida significa que uma organização passa alguns dados e aplicações para o data center de um provedor de nuvem e mantém alguns em seu próprio data center, criando uma arquitetura “híbrida” compartilhada que suporta as aplicações. Uma organização pode escolher esse modelo por causa das políticas da empresa ou das regulamentações de residência de dados.
  • Multicloud é o processo de migrar aplicações e dados para diferentes provedores de nuvem. Isso permite que uma organização execute cargas de trabalho com o provedor de nuvem especializado nesse tipo de serviço. Por exemplo, uma organização pode executar seu servidor de aplicações em uma nuvem e as operações de banco de dados em outra.

Modelos de Serviço de Migração

Existe algumas maneiras diferentes de abordar a migração para a nuvem com base no que uma organização está tentando alcançar. Elas vão desde a movimentação de uma aplicação empresarial hospedada na nuvem, como uma utilização de ERP ou CRM, até o leasing da infraestrutura de computação básica e a deslocar-se de uma aplicação atual ou de seu ambiente de desenvolvimento e teste nele. Estes são os três principais modelos.

  • Software como serviço (SaaS)
    Migração para nuvem SaaS significa pegar os dados e a funcionalidade de uma aplicação em execução no seu data center e mover todo o processo de negócios para que ele seja executado em uma aplicação na nuvem. Por exemplo, no momento você pode executar processos de cálculo usando uma aplicação de contabilidade do razão geral on-premises que é implementado e mantido pelo departamento de TI; na migração do SaaS, você muda para uma aplicação de conta escrita e atualizada continuamente pelo provedor de nuvem, que é executada no data center do provedor e que seus funcionários acessam através de um navegador.
  • Infraestrutura como serviço (IaaS)
    A migração IaaS geralmente é chamada de migração “lift and shift”. Esse modelo de transferência pega uma aplicação de seu próprio data center e a passa, em grande parte como está, idealmente, para computação, armazenamento e infraestrutura de rede em um data center do provedor de nuvem. O provedor de nuvem lida com toda a manutenção, atualizações e patches desse hardware.
  • Plataforma como serviço (PaaS)
    A migração para a nuvem PaaS significa usar serviços em nuvem, como bancos de dados, servidores de aplicações, sistemas operacionais, contêineres e ferramentas de desenvolvimento, que permitem criar e executar novas aplicações no data center do provedor de nuvem. Isso inclui infraestrutura básica, como servidores e redes, e também serviços de plataforma, como banco de dados, integração e possivelmente serviços de análise. Isso permite que você controle e crie funcionalidades específicas para sua aplicação em uma arquitetura escalável.

Tipos de Migração para a Nuvem

A migração para a nuvem é um termo único que abrange uma ampla gama de estratégias de tecnologia de negócios. Esta é uma lista de seis opções de migração para a nuvem e por que você pode escolhê-las.

Os seis tipos mais comuns de migração para a nuvem são: re-hospedagem, reestruturação de plataforma, nova compra, refatoração, retenção e retirada.

1. Às vezes, a re-hospedagem é chamada de “lift and shift”. Nesse processo, você passa uma aplicação para o data center de um provedor de nuvem com o mínimo de alterações possível. Uma execução lift and shift continua fornecendo os mesmos recursos para seus funcionários ou clientes; o ideal é eles nunca saberem que houve a migração. A diferença é que em vez de ficar hospedada em um data center on-premises, agora ela fica hospedada em um data center na nuvem, portanto, está sendo executada com a tecnologia de hardware mais recente, que é mantida pelo provedor, não pela sua equipe de TI.

2. A reformulação de plataforma também pega uma aplicação on-premises e a passa para a infraestrutura de um provedor de nuvem. No processo de reformulação de plataforma, no entanto, a ação é atualizada para aproveitar as novas tecnologias ou serviços disponíveis pelo provedor. Por exemplo, ao migrar uma aplicação de HCM de sua própria infraestrutura de data center para a nuvem, você pode substituir um ambiente de gerenciamento de dados mais antigo e trabalhoso por um banco de dados autônomo que faz atualizações automáticas e oferece modelos de machine learning integrados.

3. A nova compra substitui uma aplicação em execução no data center local por uma aplicação SaaS baseada na nuvem criada pelo provedor que os funcionários acessam por meio de um navegador. Por exemplo, você pode passar de uma aplicação de ERP on-premises licenciada para um serviço de nuvem ERP empresarial pelo qual você paga por assinatura e que é atualizado automaticamente várias vezes ao ano com novos recursos. Embora pareça simples, isso leva tempo e planejamento para mapear a funcionalidade da nova execução para os processos que você usa para fazer negócios. Pode exigir mudanças organizacionais para que sua equipe adote o que é considerado as melhores práticas do setor incorporadas nas aplicações em nuvem. Os provedores de nuvem oferecem ferramentas para ajudar você a mapear a conversão.

4. Refatoração é o processo de passar uma aplicação para a nuvem com a intenção de modernizar sua arquitetura para aproveitar os recursos nativos da nuvem. Por exemplo, uma ação monolítica criada ao longo do tempo por sua organização ainda pode fazer o trabalho que foi criada para fazer, mas pode ser muito difícil adicionar novos recursos para atender às necessidades crescentes dos clientes ou buscar novas oportunidades. Ao refatorar a aplicação, você pode apresentar uma arquitetura de microsserviços que facilita muito o desenvolvimento, o teste e o lançamento de novos recursos para essa aplicação. Ou você pode adicionar análises no banco de dados que facilitem a execução de análises sem mover dados em torno do seu ambiente e ajudar você a obter mais valor de seus dados.

5. Retenção significa que você analisou atentamente o que será necessário para migrar uma aplicação para a nuvem e determinou que, por ora, uma mudança não faz sentido. Pode haver muitos motivos para isso. Talvez sua aplicação tenha requisitos de baixa latência que favoreçam um modelo on-premises ou você precise seguir regras de residência de dados que façam você ter cautela para migrar para o data center de um provedor de nuvem. Ou talvez, depois de fazer a lição de casa, você perceba que o custo e o esforço da migração superam os benefícios, pelo menos por ora. Seja qual for o motivo para não mudar para a nuvem, ainda é aconselhável reavaliar a ideia de vez em quando. Os provedores de nuvem continuam criando data centers em regiões do mundo todo, adicionando novos modelos que abordam o controle de dados e melhorando a eficiência do processo de migração.

6. A retirada acontece quando você analisa de perto uma aplicação on-premises e percebe que sua funcionalidade dificilmente é usada ou não é mais necessária. Dizer adeus a essas aplicações pode oferecer uma grande vitória do processo de migração para a nuvem porque você está eliminando a redundância ou processos vestigiais que custam dinheiro, mas não oferecem mais valor. Retirar uma aplicação leva tempo e planejamento porque pode haver dependências com outras aplicações que precisam ser resolvidas antes de você desativá-la.

Os Benefícios da Migração para a Nuvem

A migração para a nuvem é uma estratégia de negócios cada vez mais popular porque aplicações, plataformas e infraestrutura baseadas em nuvem podem oferecer mais benefícios a um custo mais baixo. Estas são algumas vantagens de migrar para a nuvem.

  • Uma crítica dura ao seu próprio ambiente de tecnologia
    O processo de migração para a nuvem começa com uma análise completa da arquitetura de TI, das aplicações e do gerenciamento de dados, o que é útil independentemente de você acabar migrando um ativo específico para a nuvem. Perguntar “Vale a pena migrar essa aplicação?” pode forçar você a tomar a difícil decisão de retirar uma prática que já não é mais tão útil.
  • Agilidade AppDev
    Os ambientes de desenvolvimento baseados em nuvem permitem que as equipes executem uma configuração DevTest e obtenham codificação em minutos, em vez dos dias ou semanas que poderiam levar se os desenvolvedores precisassem solicitar e provisionar um novo hardware.
  • Escalabilidade elástica
    A infraestrutura baseada em nuvem pode ser escalada rapidamente para atender às necessidades oscilantes dos negócios. Isso nega a necessidade de provisionar hardware em excesso para atender a esses picos muito raros de demanda e permite que as organizações reduzam seus custos de nuvem rapidamente quando os recursos não estão em uso.
  • Modelo de pagamento por uso
    A infraestrutura baseada na nuvem é adquirida pelo tempo usado ou pelo uso da CPU. Isso economiza dinheiro em comparação com arquiteturas on-premises para as quais as licenças de hardware e software devem ser adquiridas e provisionadas com antecedência para atender às necessidades máximas da organização, mesmo que esse nível de demanda raramente seja atingido.
  • Provisionamento de autoatendimento
    Os serviços de nuvem geralmente são desenvolvidos para serem provisionados por usuários finais sem envolver especialistas técnicos internos. Por exemplo, um desenvolvedor que precisa de um banco de dados de teste pode provisionar um banco de dados autônomo em nuvem em questão de minutos, em vez de ter que esperar que um administrador do banco de dados tenha tempo, e capacidade de hardware, para provisioná-lo.
  • Inovação constante
    Os provedores de nuvem mantêm seus data centers em hardwares modernos que são corrigidos de acordo com os riscos de segurança mais recentes; eles também atualizam as aplicações e infraestrutura baseadas em nuvem automaticamente e oferecem atualizações regulares com os recursos mais recentes. Enquanto isso, as aplicações on-premises geralmente são executadas por anos sem uma atualização significativa.
  • Mais valor dos dados
    Os serviços de plataforma em nuvem oferecem as versões mais atualizadas dos bancos de dados, o que pode oferecer recursos como a capacidade de gerenciar vários tipos de dados e oferecer machine learning no mecanismo do banco de dados, simplificando bastante a arquitetura necessária para obter valor dos dados.
  • Custos mais baixos de data center À medida que as empresas adotam recursos baseados em nuvem e migram dados, aplicações e plataformas de desenvolvimento para a nuvem, elas podem fechar ou desativar em grande parte seus data centers onerosos. Outro benefício de encerrar data centers é que isso tira o fardo das tarefas rotineiras de funcionários qualificados, liberando-os para fazer um trabalho que agregue novo valor comercial.

Os Desafios da Migração para a Nuvem

Mesmo com a longa lista de benefícios potenciais, algumas aplicações podem não ser candidatas devido aos rigores ou riscos de uma migração para a nuvem. Ou, pelo menos, será necessário mais pesquisa e planejamento para migrá-las. Por exemplo, pode ser mais desafiador ou mais arriscado mover aplicações críticas para os negócios, aplicações de alto throughput que demandam baixa latência ou aplicações que tenham requisitos rigorosos de residência de dados. No entanto, os riscos da migração para a nuvem são muito bem conhecidos e não precisam ser um obstáculo para a maioria das cargas de trabalho. Vamos analisar mais atentamente os desafios da migração para a nuvem.

  • Latência de rede
    Para algumas aplicações com throughput muito alto, como aplicações de telecomunicações ou de negociação financeira, o tempo necessário para enviar dados pela Internet para um provedor de nuvem, um período chamado de latência, pode ser um problema que precisa ser planejado e tratado. Mas, para a maioria das aplicações, o impacto não é perceptível.
  • Residência de dados
    Alguns dados, devido à política da empresa ou aos regulamentos de residência de dados, não podem ser passados para o data center de um provedor de nuvem. No entanto, essas objeções às vezes podem ser resolvidas se o provedor de nuvem tiver um data center dentro do país ou região da empresa ou colocando a infraestrutura de nuvem que o provedor gerencia dentro do data center da empresa.
  • Complexidade
    Para empresas com centenas ou milhares de bancos de dados e aplicações, passar dados e processos de negócios para a nuvem pode ser um empreendimento complexo que requer descoberta, planejamento e execução hábil. Muitas vezes, essas migrações de grande escala são feitas em fases.
  • Segurança de dados e aplicações
    As empresas usam muito tempo e esforço para criar processos de segurança em torno de suas aplicações e bancos de dados on-premises. Ao migrar para a nuvem, elas devem concluir as auditorias e avaliações necessárias para saber que seus dados estão seguros durante a migração e quando estiverem no data center do provedor de nuvem. Esse processo pode ser mais complexo ao mudar para uma configuração de nuvem híbrida na qual os dados são movidos regularmente entre o data center do cliente e o data center do provedor de nuvem. Mas a realidade é que os provedores de nuvem podem investir muito mais em experiência em segurança, monitoramento e manutenção do que as próprias empresas.
  • Alterações organizacionais
    Ao migrar para uma execução SaaS, a aplicação terá suposições incorporadas sobre as práticas de negócios que ela suporta. Elas geralmente se baseiam nas melhores práticas do setor presumidas. Uma organização pode ter que alterar uma prática de negócios para aproveitar a nova aplicação, o que pode exigir um processo de gerenciamento de alterações.

Seis Etapas da Migração para a Nuvem

Há seis etapas cruciais de migração para a nuvem: descoberta, projeção, criação, integração, validação e transição.

As empresas migram para a nuvem por diferentes motivos e em diferentes escalas, desde pequenas plataformas de teste até migrações de grande escala. No entanto, o processo básico requer as mesmas etapas, que incluem identificar o que pode ser aprimorado ao mudar para a nuvem, fazer o inventário dos dados e da infraestrutura de suporte e considerar se eles podem ser replicados ou até mesmo recriados usando serviços em nuvem. O objetivo do seu programa de migração para a nuvem é obter a agilidade e a economia de custos da nuvem, mantendo ao mesmo tempo os dados e os processos de aplicações seguros, durante e após a migração.

Veja seis etapas que seu processo de migração para a nuvem deve incluir, usando uma transferência de aplicação SaaS como exemplo.

1. Descoberta
Use ferramentas de monitoramento e gerenciamento de software que ajudam você a obter uma visão clara de sua infraestrutura de dados e aplicações e de suas dependências e políticas. Você precisará replicá-las ou reestruturá-las na nuvem.

2. Projeção
Designe quais serviços de nuvem darão suporte ou replicarão a funcionalidade e o processo que você usará para migrar para eles com segurança.

3. Criação
Use recursos e serviços em nuvem para criar a nova arquitetura da aplicação e infraestrutura, incluindo os caminhos que você usará para migrar dados com segurança.

4. Integração
Replique os dados na nova aplicação e certifique-se de que eles se integrem a todas as origens de dados e processos de análise existentes.

5. Validação
Execute e teste a nova aplicação para confirmar se ela funciona conforme desejado.

6. Transição
É o dia para o qual você vem trabalhando. Coloque a nova aplicação em produção e convide alguns usuários para testá-la. Eventualmente, você pode trazer todos os usuários para a nova aplicação baseada em nuvem.

Ferramentas de Migração para a Nuvem

A migração para a nuvem pode ser um empreendimento complexo, mas há um número crescente de ferramentas feitas para torná-la mais gerenciável. Os provedores de nuvem, como Amazon, Google, Microsoft e Oracle, geralmente fornecem essas ferramentas. As técnicas de migração também estão disponíveis de fornecedores terceiros, como AppDynamics, Carbonite e CloudScape, que se especializam nos processos de descoberta, rede e geração de relatórios necessários. Cada método foi projetado para ajudar em uma parte do processo de migração de dados, aplicações ou infraestrutura de on-premises para a nuvem, com o mínimo de interrupção nas operações de negócios ou no tempo de inatividade das aplicações. Estas são algumas das ferramentas que ajudam nos desafios comuns de migração.

  • As ferramentas de descoberta e tradução analisam a fundo a arquitetura de uma aplicação para identificar origens de dados e dependências de hardware e software. Esses instrumentos podem então usar essas informações para ajudar a organização a entender quais serviços de nuvem são necessários para replicar um processo.
  • As ferramentas de descoberta de recursos e rede procuram dar a uma organização uma compreensão clara de como seus membros da equipe utilizam uma aplicação e seus serviços. As ferramentas então podem ajudar a mapear essa funcionalidade necessária para uma aplicação ou banco de dados na nuvem do provedor.
  • As ferramentas de migração e instalação fornecem um meio de transferir dados, aplicações, configurações de rede e outros serviços para os servidores do provedor de nuvem e validar se eles estão funcionando corretamente.
  • As ferramentas de relatórios e gráficos ajudam as partes interessadas a acompanhar e validar a migração durante a migração e após a transição.

Dicas e Melhores Práticas da Migração para a Nuvem

Quer você esteja migrando um banco de dados, passando para uma aplicação SaaS ou adotando serviços de computação e armazenamento baseados na nuvem, essas etapas e melhores práticas podem guiar você.

1. Defina claramente o escopo do seu projeto
Por exemplo, saiba exatamente quais aplicações ou bancos de dados você migrará e por quê.

2. Descubra dependências e integrações
Existem ferramentas de migração para a nuvem que podem ajudar você a mapear as origens de dados, os processos de segurança e as dependências. Somente depois de bloquear essas informações você poderá recriá-las na nuvem.

3. Encontre maneiras de agregar valor
Analise minuciosamente os serviços de nuvem oferecidos e procure oportunidades para tomar medidas que economizam dinheiro, como automatizar operações de banco de dados ou simplificar processos de análise.

4. Mapeie seus processos de negócios para a nova aplicação
Antes de migrar, entenda seus processos de negócios atuais relacionados à tecnologia que você planeja mudar. Em seguida, busque entender se e como o destino da nuvem fará você alterar seus processos de trabalho. Por exemplo, se você estiver migrando para uma aplicação SaaS, ele poderá assumir processos de trabalho de melhores práticas diferentes dos que você usou com a execução legada.

5. Faça backup de tudo
Precisamos falar mais alguma coisa?

6. Concentre-se na segurança de dados durante e após a migração
Entenda como seu provedor de nuvem lida com a segurança e esteja pronto para aproveitar seus conhecimentos e recursos. Entenda quais configurações e atualizações relacionadas à segurança são de sua responsabilidade e o que é tarefa do provedor.

Mude para a Nuvem com a Oracle

A migração para a nuvem não é mais uma estratégia de ponta, muitas organizações, grandes e pequenas, mudaram para a nuvem. É necessário planejamento e gerenciamento eficaz, mas os riscos são bem conhecidos e o processo para uma migração bem-sucedida é bem estabelecido. As empresas que não fizeram a mudança devem considerar migrar uma pequena parte de suas operações para começar, mas os maiores ganhos virão ao transferir as principais operações para a nuvem, para que elas possam encerrar completamente seus data centers. A migração para a nuvem promete custos mais baixos, recursos de TI de autoatendimento, escalabilidade elástica, automação e inovação constante. E, embora o processo possa ser complexo, as ferramentas de automação e os recursos do provedor de nuvem o tornam um processo mais simples e seguro. Essas forças se juntam para tornar a mudança para a nuvem uma oportunidade significativa para as organizações de TI.

Quando chega a hora de sua organização migrar para a nuvem, a Oracle Cloud fornece um conjunto interessante de aplicações de nuvem, infraestrutura e serviços de plataforma. A Oracle Cloud Infrastructure foi projetada e construída desde o início para lidar com as cargas de trabalho mais exigentes e para facilitar a passagem de dados e bancos de dados para a nuvem. Quer sua organização esteja procurando adotar um conjunto de aplicações corporativas baseadas na nuvem, passar suas aplicações existentes para uma nuvem pública ou uma infraestrutura multicloud ou executar cargas de trabalho de nuvem em seu próprio data center, a Oracle Cloud tem serviços para atender às suas necessidades.

Perguntas frequentes sobre a Migração para a Nuvem

Quais são os tipos de migração para a nuvem?

Os tipos de migração para a nuvem incluem: re-hospedagem, às vezes chamada de lift and shift, nova compra, que substitui uma aplicação em execução no seu data center on-premises por uma função baseada na nuvem acessada por meio de um navegador e refatoramento, que é o processo de migrar uma aplicação para a nuvem com a intenção de modernizar sua arquitetura para aproveitar os recursos nativos da nuvem.

Quais são as quatro principais fases de uma migração para a nuvem?

Há muitas etapas envolvidas em uma migração para a nuvem, mas as quatro principais são (1) descoberta, em que você desenvolve uma compreensão clara da carga de trabalho que está sendo migrada; (2) construção, em que você espelha a funcionalidade existente no data center em nuvem; (3) validação, em que você testa se todas as partes funcionam conforme planejado e (4) transição, em que você coloca os usuários nos novos serviços baseados em nuvem.

Por que migrar para a nuvem?

As organizações migram cargas de trabalho de TI para a nuvem para obter benefícios como custos mais baixos, maior agilidade, escalabilidade elástica, mais automação, provisionamento de autoatendimento e inovação constante.

Quais são os principais desafios da migração para a nuvem?

Um grande desafio é a alta complexidade de transferir cargas de trabalho de um data center on-premises para um data center de provedor de nuvem, entendendo especialmente todas as dependências e tratando das preocupações com a segurança dos dados. Os problemas de latência de rede para operações de alto throughput e preocupações com a residência de dados podem ser obstáculos adicionais.

Cumprindo a promessa da Economia da Nuvem Moderna

Saiba mais sobre como a abordagem da OCI cria uma experiência de nuvem diferenciada e cumpre a promessa da economia da nuvem moderna.